Rebelo: “País não superará problemas sem união política”
Em Maceió (AL), para onde viajou nesta quarta-feira (25), o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse que o Brasil não superará seus problemas sociais sem a união das forças políticas. Ele defendeu um grande pacto social em defesa do
Publicado 25/10/2006 19:26
“A fragmentação política não é boa para o País, porque cria parasitismo”, afirmou. Para ele, quem quer que vença a eleição terá que dialogar com a oposição.
“É preciso unir as forças políticas para enfrentar os problemas de frente, principalmente a desigualdade social”, afirmou Rebelo, ao comentar o apoio do presidente Lula à candidatura de Roseana Sarney (PFL) ao governo do Maranhão. “Nós precisamos cultivar o respeito pelos adversários. Temos duas candidaturas disputando o segundo turno. É evidente a vantagem de Lula, mas nem por isso vamos menosprezar os adversários”, acrescentou.
Aldo destacou a importância de preservar o espírito democrático, o respeito à vontade do povo e ao resultado das urnas. Ele não acredita em “terceiro turno”, nem em disputa no “tapetão”. “O terceiro turno não interessa ao País. Se nós temos uma eleição em dois turnos, não há necessidade de um terceiro.
Além disso, ninguém sairá totalmente vitorioso ou derrotado dessa disputa”, avaliou Rebelo, acrescentando que todos os grandes partidos elegeram governadores.
Fatia de poder
“Todos os partidos têm uma parcela de responsabilidade com relação ao pleito. Cada um a seu modo conseguiu uma fatia de poder, elegendo governadores, deputados ou senadores”, observou Rebelo, que ainda não sabe se disputará novamente a presidência da Câmara.
“Só posso ser candidato à reeleição se houver uma convocação. Na Câmara, ninguém é candidato de si mesmo”, afirmou. Rebelo foi eleito com mais de 169 mil votos e conquistou seu quinto mandato consecutivo de deputado federal por São Paulo.
Agenda legislativa
Aldo Rebelo desembarcou em Maceió acompanhado do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan e Aldo foram reforçar a campanha de Lula em Alagoas e aproveitaram o vôo para colocar em dia a agenda do Congresso para o final do ano e início de 2007.
Segundo Rebelo, ficou acertado que até dezembro a Câmara vota o Fundo Nacional do Ensino Básico (Fundeb) e o Senado vota a lei geral da micro e pequena empresa. “Há ainda o compromisso de votar o fim do voto secreto, já aprovado em primeiro turno na Câmara, para ser apreciado no Senado”, acrescentou, se mostrando favorável à medida.
Agência Estado