Cenário está direcionado para vitória de Lula, diz cientista político
O cenário nesta etapa do segundo turno da sucessão presidencial está direcionado para a reeleição do presidente Lula. A avaliação foi feita, nesta sexta-feira (13) pelo cientista político e pesquisador da PUC e Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paul
Publicado 13/10/2006 16:48
“A 15 dias do pleito, se não houver nenhuma surpresa ou alguma operação tabajara por parte do PT (numa alusão ao dossiê Vedoin), o cenário deverá se consolidar e favorecer o presidente Lula”, argumentou.
Na sua avaliação, o presidenciável da coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, equivocou-se ao não perceber que o eleitorado de Heloisa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT) é mais focado em propostas e não em ataques.
“Além disso, não pegou bem para esse eleitorado a atitude mais agressiva do ex-governador paulista, em contraste com a imagem serena e equilibrada que ele teve no decorrer do primeiro turno. Ao partir para o ataque, sem apresentar propostas e sem a serenidade e ternura necessárias, ele perdeu pontos junto a esse eleitorado”, emendou Carvalho Teixeira.
O pesquisador da PUC e FGV não acredita que os próximos debates entre os dois candidatos possam alterar significativamente o cenário. “A postura mais agressiva adotada por Alckmin não foi suficiente para reverter o quadro e permitir o favoritismo do tucano. Da parte do PT, se não houver nenhum incidente até o dia 29 (dia do pleito), acredito que Lula conseguirá administrar a vantagem.”
Carvalho Teixeira lembrou, contudo, que o artigo que o petista Valter Pomar, membro da Executiva da sigla, divulgou na Internet, com críticas pessoais à família de Alckmin, poderia ter sido mais uma operação tabajara, caso Lula não tivesse agido imediatamente para retirar o texto do ar. “Quando os ataques passam do tom, podem favorecer o adversário, transformando-o em vítima.”
Com agências