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Nivaldo Santana (PCdoB-SP) lança blog político

Acompanhando a onda de blogs políticos que se proliferaram neste ano eleitoral, o deputado estadual Nivaldo Santana (PCdoB-SP) cria outro espaço para discussão de idéias na internet. No Blog do Nivaldo (

Nivaldo já contava com um site sobre seu mandato (veja aqui), onde os interessados podem conhecer melhor seus projetos e a linha de atuação parlamentar. No texto de lançamento do blog, o deputado – que em 1º de outubro não se reelegeu – explica a razão de sua inciativa: “Em função da perda da tribuna parlamentar e para continuar a manter um canal de comunicação com todos aqueles que compartilharam do nosso mandato, abrimos esse blog para, regularmente, expor nossas opiniões a respeito das mais variadas questões”.


 


Ele lembra que “o espaço também poderá ser compartilhado pelas pessoas que, eleitoras ou não, mantêm afinidades com a nossa linha política. É o uso de ferramentas modernas de comunicação para enfrentar os pesos-pesado da mídia, a maioria tucana”. Confira a seguir o texto mais recente, ''Tucano ou carcará?'', em que o comunista discorre sobre a mudança de postura de Alckmin a partir do último debate. Para visitar o Blog do Nivaldo, clique aqui.





Tucano ou carcará?


 


Por Nivaldo Santana*




O primeiro debate do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil, realizado domingo, dia 8 de outubro, teve como grande ''novidade'' a mudança de um tucano, conhecido como picolé de chuchu, para uma nova ave, talvez o carcará.




Todos devem lembrar do sucesso inicial da cantora Maria Bethãnia, que estourou no país com o famoso ''Carcará, pega, mata e come!''. E Alckmin resolveu usar esse expediente para tentar desconstruir o presidente Lula, favorito para as eleições.




Mas a festa no poleiro tucano durou pouco tempo. Primeiro, ao contrário do que a bazófia tucana imaginava, o distinto público considerou que o debate terminou em empate, não em nocaute como sonhavam os próceres do PSDB.




Segundo, boa parte da opinião pública reprovou a virulência verbal e as baixarias do ex-governador. A agressividade, ao contrário do que parece, é demonstração de fraqueza, não de força.




E a pá de cal na nova estratégia tucana foi a divulgação da nova pesquisa Datafolha, apontando crescimento de Lula em todas as regiões, extratos de renda e escolaridade. A cúpula tucana vive, agora, um impasse sobre os novos passos.




Bem feitas as contas, a liderança de Lula só enfrenta um perigo. O surgimento de um fato grave e relevante, real ou inventado, para colocá-lo na defensiva política na reta final.




Esse fato novo não pode ser subestimado. Do ponto de vista programático, da comparação entre o governo Lula e os oito anos da Era FHC, não há a menor possibilidade de reversão.




Na verdade, o perigo mora em manipulações da mídia que possam induzir parte do eleitorado a mudar. Edição de debates, pesquisas forjadas ou denúncias e flagrantes forjados são, infelizmente, armas da baixaria política.




Mas o povo precisa ter um papel ativo na disputa presidencial. Não pode ficar à mercê do jogo midiático. Ocupar ruas e praças, divulgar as propostas do candidato, renovar as esperanças de um Brasil ainda mais justo e equilibrado.




A vitória de Lula é a confirmação de uma nova rota de progresso para o nosso país. E não serão os tucanos, travestidos ou não de carcará, que levarão o Brasil ao retrocesso neoliberal.




* deputado estadual do PCdoB/SP