Lula e Cabral defendem sintonia entre governos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou na noite do dia 5 de um ato no Rio de Janeiro ao lado do candidato ao governo do estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB). Pela manhã, eles já haviam se reunido no Palácio da Alvorada, em Brasília, mas o encontr
Publicado 06/10/2006 21:04 | Editado 04/03/2020 17:06
O presidente criticou o atual governo do Rio de Janeiro e disse que o número de pessoas beneficiadas pelo programa Bolsa Família poderia superar as atuais 420 mil pessoas caso houvesse mais cooperação do poder estadual. “Poderíamos ter 1 milhão de famílias beneficiadas”, disse Lula, perante cerca de 700 pessoas que compareceram ao ato. Ele lembrou também que, no seu governo, o investimento em políticas sociais saltou de R$ 7 bilhões para R$ 23 bilhões.
Ao pedir votos para Cabral, Lula afirmou que a aliança com o peemedebista foi aprovada por unanimidade pela Executiva do PT carioca, o que ele interpretou como um sinal de maturidade do partido. “O Rio integra uma engrenagem que se chama Brasil. É preciso que haja um governo em sintonia com o governo federal.”
Lula reiterou que o governo federal investe mais em políticas sociais em cada estado do que os próprios governos locais. Ele chegou a invocar o testemunho dos governadores Aécio Neves (PSDB), de Minas Gerais, e Cláudio Lembo (PFL), de São Paulo. “Perguntem a eles se já houve na história desse país um governo que colocasse tanto dinheiro em políticas sociais como o nosso.”
Sérgio Cabral, por sua vez, disse que o dia foi memorável para a política do Brasil e do Rio. Para ele, foi consagrada “a aliança da consciência política”, que defende o povo do Rio e o povo brasileiro. O candidato ao governo carioca destacou ainda que 86 prefeitos irão apoiar Lula no próximo dia 29.
Lula deixou claro que é preciso compreender o momento político por que passa o país. “O que está em jogo não é uma simples disputa eleitoral, mas a decisão sobre dois projetos diferentes”. Ele lembrou então que o governo FHC “havia acabado com quase todo o patrimônio público”, e usou US$ 90 bilhões de dólares no pagamento de dívidas contraídas naquela mesma gestão.
Para Lula, “não podemos fazer em quatro anos o que eles não fizeram em 500. Mas sabemos que podemos comparar nossos quatro anos com qualquer governo e com os oito anos do governo anterior porque ganhamos em qualquer comparação. Por isso, precisamos de mais quatro anos. Para fazer a justiça social que o povo precisa. Levantamos os pilares da casa e agora vamos finalizar a construção”.