Equador pede à OEA que dobre observadores em eleição

O governo do Equador pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) que duplique o número de observadores nas eleições gerais de 15 de outubro, segundo informou o chanceler do país, Fracisco Carrión, nesta segunda-feira (25/9), diante das denúncias de a

“Pedi ao secretário da OEA para que se reforce o contingente de observadores, a fim de que não caiba a menor dúvida quanto à transparência com que atua o governo equatoriano neste processo eleitoral”, disse o ministro, durante uma entrevista coletiva.



A OEA pretendia enviar cerca de 50 observadores, mas o número deve subir para 120. Os líderes nas pesquisas dizem que haverá interferência das Forças Armadas, encarregadas da segurança das urnas.



A eleição é considerada fundamental para a democracia equatoriana, que viu a queda de três presidentes na última década em meio a revoltas populares. Os dois líderes nas pesquisas, Rafael Correa e León Roldós, já levantaram suspeitas sobre a lisura do processo eleitoral.



O presidente Alfredo Palacio rejeitou as acusações. “As Forças Armadas sabem o papel que devem cumprir, que é serem vigilantes de que o processo seja impecável”, disse Palacio, que era vice-presidente até abril de 2005, quando uma rebelião popular derrubou o presidente Lucio Gutiérrez.



Rafael Correa
O nacionalista Rafael Correa estimou nesta segunda-feira que vencerá a eleição presidencial em primeiro turno. Além disso, disse que levará milhares de seguidores às ruas e às urnas se a classe política tradicional se opuser à ampla reforma constitucional que ele propõe.



Correa, admirador declarado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, lidera as pesquisas com 22 a 26 por cento das intenções de votos, de acordo com três institutos do país.



Otimista, Correa disse a correspondentes estrangeiros que terá mais de 40% dos votos e uma vantagem superior a dez pontos sobre o segundo colocado. Com isso, segundo a lei eleitoral equatoriana, eliminaria a necessidade de um segundo turno, marcado para 26 de novembro.



Nenhum dos presidentes eleitos no país desde 1979 venceu no primeiro turno. Por isso, os analistas dão por certo que Correa e irá enfrentar León Roldós num segundo turno.