Site e Diap formulam lista dos ''prováveis'' eleitos para a Câmara

O site Congresso em Foco e o Diap , com base nas indicações de políticos, assessores, jornalistas, cientistas políticos, pesquisadores e demais especialistas da área, montaram um extenso quadro das tendências de composição da Câmara dos Deputados que s

Além da preocupação de ouvir o máximo possível de fontes de informação, o site e o Diap procuraram confrontar projeções de forças políticas que estão em conflito na disputa eleitoral. Também foram consultados, em vários estados, os resultados de pesquisas espontâneas de intenção de voto para deputado federal.


 


Mesmo assim, o levantamento permite apenas apontar tendências. Especialmente nos maiores colégios eleitorais, sobretudo em Minas Gerais e São Paulo, a regionalização do voto e a acirrada competição entre os candidatos (inclusive dentro do mesmo partido ou coligação) impedem que se aponte, com 100% de acerto, a composição final e integral das cadeiras para a Câmara. 


 


''Não temos dúvidas, porém, de que o esforço nos possibilita mostrar um painel amplo e confiável da situação das eleições para deputado federal, a menos de dez dias da eleição'', dizem os organizadores da lista.


 


Junto com o nome de cada partido, a lista relaciona os prováveis eleitos. Os nomes que encabeçam a lista de cada legenda foram apontados durante o levantamento como aqueles que devem receber maior votação individual.


 


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Maiores bancadas


 


O PMDB tem todas as condições de sair das eleições do próximo dia 1º com a maior bancada da Câmara. Ainda segundo o levantamento feito em conjunto pelo Diap e pelo Congresso em Foco, o partido deverá eleger entre 91 e 114 deputados. Ou seja, pode ficar com mais de cem das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados. Hoje, tem 78, uma a menos das que conquistou nas eleições de 2002.


 


O PT deve perder a condição de maior partido da Casa, elegendo entre 66 e 94 deputados. Considerando a média entre os dois números, a conta daria 80. Atualmente, há 81 parlamentares petistas na Câmara. Comparando com os 91 eleitos em 2002, porém, as possíveis baixas são maiores, embora tendam a ficar distantes das previsões feitas por alguns de catastrófico emagrecimento do partido de Lula.


 


A terceira maior bancada deve ficar para o PSDB ou o PFL, aliados na sucessão presidencial. Como mostra o levantamento, os pefelistas precisam suar a camisa nos próximos dias para tirar a vantagem que os tucanos têm neste momento.


 


Entre 50 e 76 candidatos do PSDB devem se eleger. Levando em conta a média hipotética entre os dois números (63), o partido ganharia quatro votos em relação aos 59 que hoje possui na Câmara. Nas últimas eleições, porém, a legenda elegeu 70 deputados federais.


 


O PFL provavelmente fará entre 54 e 68 deputados (média de 61). Possui atualmente 64, e elegeu 84 quatro anos atrás.


 


Entre os partidos médios, quem mais deve crescer é o PSB, elegendo entre 25 e 36 parlamentares (ante os 22 eleitos em 2002 e os 27 atuais).


 


O PP deverá ter as maiores baixas. O partido de Maluf elegeu 53 nas eleições passadas e possui no momento 50 deputados federais. Na melhor das hipóteses, elegerá agora 43. Na pior, 28.


 


O PTB também encolherá. Com 43 deputados hoje, no cenário mais favorável ao partido, elegerá 30 neste ano. No menos favorável, apenas 18. Nas últimas eleições, elegeu 26. Em outras palavras: provavelmente, voltará a porte igual ou menor daquele que exibia ao final do pleito de 2002. 


 


A bancada do PL, atualmente com 36 integrantes, ficará entre 22 e 32. Levando em conta a média aritmética (27), pode sair das urnas com a mesma musculatura que demonstrou nas eleições de 2002, quando a agremiação elegeu 26 deputados federais.


 


Dos pequenos partidos, destaca-se o PMN. Hoje sem nenhum representante no Congresso, tem grandes possibilidades de eleger no mínimo cinco deputados federais. Também se espera um bom desempenho do PTC. Embalado pela candidatura de Clodovil em São Paulo, o partido (que hoje só tem um deputado federal) poderá passar a ter uma bancada de até cinco integrantes.


 


O horizonte não é bom, porém, para o Prona de Enéas. Em 2002, o partido elegeu seis parlamentares. Agora, corre o risco de eleger somente um – o próprio Enéas.


 


O Psol, que não existia na eleição passada, deverá fazer entre quatro e sete deputados federais.


 


Os analistas acreditam que o PCdoB  pode fazer entre 14 e 21 deputados, considerando a média, calculam que os comunistas podem ocupar 17 cadeiras na próxima legislatura, cinco a mais que a atual.


 


Os demais partidos com representação no Parlamento federal (PDT, PPS, PV e PSC) devem conservar sua força atual. Todos eles, assim como os partidos pequenos e mesmo alguns médios (sobretudo, PL e PTB) terão dificuldades pela frente em razão da chamada cláusula de barreira.


 


Síntese da distribuição por partido

















































































































































Partido


Bancada eleita – 2002


Quadro atual


Previsão mínima – 2006


Previsão máxima – 2006


Média


PMDB


79


78


91


114


108


PT


91


81


66


94


80


PSDB


70


59


50


76


63


PFL


84


64


54


68


61


PP


53


50


28


43


35


PSB


22


27


25


36


30


PL


26


36


22


32


27


PTB


26


43


18


30


24


PDT


21


20


13


24


18


PCdoB


12


12


14


21


17


PPS


15


15


13


20


16


PV


5


7


7


10


8


PMN


1



5


6


5


Psol



7


4


7


5


PSC


1


7


4


5


4


PTC



1


1


5


3


PAN




1


1


1


PRP




0


1


1


Prona


6


2


1


2


1