Vox e Ibope: tática da oposição fracassa; reeleição de Lula será no 1º turno
As pesquisas dos institutos Vox Populi e Ibope, divulgadas no início da noite de hoje (21) confirmam que, se as eleições fossem hoje, o presidente Luis Inácio Lula da Silva seria reeleito no primeiro turno. Ambas as pesquisas mostraram um quadro de est
Publicado 21/09/2006 22:48
Na análise do Vox Populi, divulgada no Jornal da Band, Lula obteve 51% das intenções de voto, ante 50% da pesquisa anterior, divulgada em 1º de setembro. Já Geraldo Alckmin (PSDB) passou de 25% para 27%. A variação mais expressiva foi a da senadora Heloísa Helena (PSOL) que caiu fora da margem de erro, de 9% para 5%. Cristovam Buarque (PDT) saiu de 2% para 1%. A sondagem foi realizada nos dias 16 e 19 de setembro, com 2.000 eleitores de todo o país, e tem uma margem de erro de 2,2%.
Na pesquisa Ibope, divulgada no Jornal Nacional, o presidente oscilou de 50% para 49%. Geraldo Alckmin oscilou de 29% para 30%, enquanto Heloísa Helena permaneceu com 9%. Num eventual segundo turno, os números também se mantiveram inalterados: Lula oscilou de 53% para 52%, enquanto o tucano manteve-se com 37%. O instituto ouviu 3.010 pessoas entre os últimos dias 18 e 20. A margem de erro da pesquisa é de 2%.
Ambos os institutos foram a campo no período de maior gravidade da crise desencadeada pela mídia e pela oposição a partir do episódio de tentativa de compra do chamado ''dossiê Serra''.
Segundo analistas, a abusiva exploração do episódio pela mídia e por setores mais raivosos da oposição de direita ainda não foram suficientes para abalar a popularidade do presidente Lula.
“O tempo para que esse escândalo chegue às classes C, D e E é muito escasso. Além disso, a questão é complexa, muitos desses eleitores podem achar que Serra também está mentindo ou que é mais uma armação contra o Lula”, disse o consultor político Carlos Figueiredo, autor de livros sobre marketing político.
Ele observa, no entanto, que o noticiário desfavorável a Lula pode contaminar o eleitor das classes A e B e aqueles que consideram perigoso para as instituições democráticas uma vitória de Lula no primeiro turno.
O consultor de marketing Carlos Manhanelli, presidente da Associação Brasileira de Consultores Políticos, está convicto, no entanto, de que o escândalo não afetará a tendência de reeleição de Lula no primeiro turno.
“A cristalização do voto vem se manifestando há muito tempo”, disse Manhanelli.
“Não vai ser uma (repetição do escândalo) Miriam Cordeiro”, comentou ele, referindo-se ao escândalo de 1989, quando Lula perdeu muitos votos na semana do pleito depois que a ex-namorada Miriam o acusou de ter pedido a ela que fizesse um aborto.
Manhanelli observa que o contexto hoje é outro. Em 1989, a campanha de Lula foi calcada nos atributos morais e éticos do candidato, e a militância ficou sem argumentos para defender o petista na semana do pleito.
Nesta eleição, diz ele, o pilar da campanha é a economia, e há uma satisfação muito grande de boa parte da população com os programas de transferência de renda do governo federal.
Da redação,
com agências