ONU exige o fechamento da carceragem de Guantânamo
Investigadores da Organização das Nações Unidas (ONU) criticaram hoje os Estados Unidos por não terem tomado as medidas necessárias para fechar o campo de concentração da base naval ilegal americana na Baía de Guantânamo, em Cuba, onde são mantidas centen
Publicado 21/09/2006 15:33
De acordo com os investigadores, a manutenção do campo de concentração facilita a tortura e outros abusos dos direitos humanos, além de violar as leis internacionais.
As críticas foram feitas em Genebra, onde os investigadores repassaram suas conclusões ao Conselho de Direitos Humanos da organização. Os especialistas em direitos humanos da ONU exigiram o fechamento do campo de concentração e criticaram a proposta de lei apresentada pela Casa Branca que legalizaria a tortura.
“Notamos com a maior preocupação que o governo americano não tomou quaisquer medidas para fechar Guantânamo”, disseram os especialistas num comunicado conjunto lido por Leila Zerrougui, uma argelina perita em questões de detenções arbitrárias.
“A prova disso é a construção de um novo bloco, que deverá ser aberto este mês”, argumentou.
No princípio de 2006 especialistas em Direitos Humanos da ONU apresentaram um relatório exigindo que os Estados Unidos fechassem o campo de prisioneiros na base , afirmando que ele se tratava na verdade de um campo de tortura onde os prisioneiros não tinham acesso à justiça.
O relatório de fevereiro exortava Washington a encerrar o campo sem mais atrasos e a garantir que os detidos não fossem encaminhados para países onde pudessem ser torturados.
Zerrougui pediu ao Conselho que considere que “ocorrem em Guantânamo graves violações dos direitos humanos” e que os Estados Unidos não estão tomando quaisquer medidas para eliminar essas violações.