Movimentos sociais participam de manifestação na Esplanada dos Ministérios

Nesta quinta-feira, 7 de setembro, dia em que se comemora a independência do Brasil, cerca de 1.500 militantes de vários movimentos sociais, pastorais e comunidades vão participar do tradicional Grito dos/as Excluídos/as, na Esplanada dos Ministérios,

O Grito é uma manifestação popular que acontece desde 1995 nas principais capitais. O objetivo é chamar atenção para os problemas do país, contrapondo a idéia de que o Brasil seja realmente livre e independente. O lema deste ano é “Brasil: Na força da indignação, sementes de transformação”.


 


Segundo Luciana Ramos, da organização do Grito no DF, “só há independência quando não existir exclusão e desigualdade. O Grito é a oportunidade do povo brasileiro denunciar os seus problemas”. Cada estado tem autonomia para organizar o evento de acordo com as bandeiras e demandas específicas.


 


No caso do Distrito Federal, o objetivo é a desconstrução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Brasília, supostamente um dos melhores do Brasil. Segundo dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD), a região do Itapoã possui renda familiar perto de R$400 mensais enquanto as famílias do Lago Sul vivem com renda de aproximadamente R$12.000 por mês.



 
Outra bandeira deste ano é a Campanha Nacional pela Redução do Preço da Energia. Com o lema “O preço da luz é um roubo” os movimentos sociais denunciam o atual modelo energético que exclui os trabalhadores de usufruírem a energia elétrica, por não poderem pagar ou por não terem acesso. Segundo eles, a água e a energia não devem ser tratadas como mercadoria e sim como um direito do povo.



 
Pré-grito



 
No último fim-de-semana, ocorreram manifestações nas cidades-satélites, como preparação para o Grito do dia 7. Em Santa Maria, Ceilândia e Recanto das Emas, cerca de 250 moradores discutiram os problemas específicos das comunidades, as bandeiras e o lema do Grito deste ano. Além disso, apresentações culturais como teatro, capoeira e escola de samba animaram os manifestantes.



 
Participam do Grito dos/as Excluídos/as do DF e entorno o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD), Movimento Passe-Livre (MPL), Movimento Nacional dos Meninos e Meninas de Rua (MNMMR), Movimento Estudantil, Pastoral da Juventude Rural (PJR), Cáritas e Intervozes.