Mineiros do Chile denunciam práticas anti-sindicais
Os trabalhadores chilenos da mineradora Escondida, em greve há 18 dias, denunciaram nesta quinta-feira (24/8) uma série de práticas anti-sindicais do consórcio internacional que administra a empresa. Diante disso, os mineiros exigem que seja feita uma int
Publicado 24/08/2006 09:07
Diversas famílias de trabalhadores vêm sendo aliciadas pela empresa, numa tentativa considerada desleal pelo sindicato da categoria. Além disso, a mineradora tem feito constantes ameaças de demissão em massa.
“Supervisores e outros dirigentes da empresa entraram em contato com esposas e filhos dos trabalhadores, com o propósito de ameaçá-los, dizendo que todos seriam demitidos caso a greve continuasse, sem garantia de quaisquer direitos trabalhistas”, denuncia um documento emitido pelo sindicato da categoria.
Para Luis Troncoso, presidente do sindicato, esse tipo de atitude fere a liberdade sindical existente no Chile. “A empresa não pode infundir temor às famílias dos trabalhadores, que passam a se sentir pressionado moralmente a abandonar os protestos”, explica.
Governo apenas observa
A secretaria regional do Ministério do Trabalho informou nesta quarta-feira que o governo pode vir a intermediar o caso, mas por enquanto o caso deverá ser resolvido entre a empresa e os trabalhadores.
“O sindicato e a empresa têm toda a capacidade cidadã para resolver o problema, que por enquanto tem apenas um caráter regional”, informa a secretaria.
Leia também: Greve de mineiros no Chile mobiliza 98% da categoria