Congresso americano quer mais arapongas contra Irã

Um relatório do Congresso dos Estados Unidos, divulgado hoje, defende a contratação e o emprego de mais espiões no Irã, alegando que o país precisa de mais ''informações de inteligência confiáveis'' sobre a capacidade militar do país do Golfo Pérsico. A d

Os congressistas que redigiram o documento questionam se é possível ''dialogar'' com o Irã se eles, americanos, não possuem informações ''confiáveis'', por causa de ''significativos buracos'' do serviço de espionagem dos EUA.


 


O documento vem a público depois do governo de Teerã ter afirmado esta semana que está pronto para discutir seu programa de energia nuclear com a comunidade internacional. A administração Bush alega, sem quaisquer provas, que o Irã pretende desenvolver bombas nucleares com o programa.


 


O governo iraniano afirma energicamente que seu programa nuclear tem fins pacíficos e por ser um direito seu, não interromperá o processo de enriquecimento de urânio como quer os Estados Unidos e alguns países da União Européia, que forçaram o o Conselho de Segurança da ONU a redigir um ''pedido'' ao país para que parasse o processo.


 


Inteligência falsificada


 


''O Irã é uma séria ameaça à segurança e por isso os Estados Unidos precisam de um melhor serviço de inteligência'', vitupera o relatório parlamentar, usando palavras da atual administração Bush, que sugere que o país ''poderia obter uma arma nuclear dentro de uma década''. O relatório tenta justificar a iniciativa de aumentar e ''melhorar'' os quadros da arapongagem, afirmando que as informações sobre essa capacidade dos iranianos ''são insuficientes''.


 


''Isso é uma grande questão sobre o Irã que não conhecemos'', prossegue o documento. ''O governo necessitará de uma alta qualidade de inteligência para avaliar as intenções iranianas para preparar uma nova rodada de negociações'', tergiversa o texto.


 


Um dos problemas para os americanos, de acordo com seus parlamentares, é a falta de informações sobre os supostos programas nuclear, biológico e químico do país. O Comitê sugere que sejam contratados mais agentes com fluência em ''farsi'' (língua utilizada pela maioria da população do Irã).


 


O relatório também cita, rapidamente, as mentiras que o serviço de espionagem dos Estados Unidos criaram em relação às inexistentes armas de destruição em massa do Iraque, usadas como pretexto para invadir e ocupar o país árabe em março de 2003.