Aprovação do relatório da CPI foi resposta 'célere' à sociedade
A aprovação do relatório parcial da CPI dos Sanguessugas, nesta quinta-feira (10), foi elogiada pela deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), membro da comissão e sub-relatora de Orçamento. Para ela, o encaminhamento aos conselhos de ética da Câmara e d
Publicado 10/08/2006 15:31
Para a parlamentar comunista, ''o caminho mais justo é os partidos políticos (dos parlamentares denunciados) fazeram uma avaliação do fato. Eles não podem ficar passivos'', diz Vanessa, para quem a punição não virá com o julgamento dos casos nas comissões de ética e as possíveis cassações dos mandatos.
Ela destaca que muitos desses parlamentares estão em campanha pela reeleição. Se os partidos tomarem a iniciativa de expulsá-los, eles perdem o direito de concorrer nas eleições de outubro.
Os casos, que serão encaminhados às mesas diretoras das duas Casas, para que sejam enviados aos conselhos de ética para julgamento por quebra de decorro parlamentar, só serão finalizados após o término dessa legislatura. Portanto a cassação dos mandatos não terá efeito prático.
''O Congresso Nacional fez a sua parte, investigando as denúncias e apresentando os resultados, principalmente. Cabe aos partidos políticos dá sequência a isso ai, o que fazer com eles, já que a cassação só ocorrerá no próximo mandato?'', questiona a parlamentar.
O relatório foi aprovado simbolicamente com apenas um voto contrário, do senador Wellington Salgado (PMDB-MG), suplente do ministro das Comunicações, Hélio Costa e abstenção do senador Sibá Machado (PT-AC).
A deputada Vanessa Grazziotin lembrou que o relatório parcial do senador Amir Lando (PDMB-RO) pede a abertura de processo de cassação dos parlamentares, mas ainda falta ampliar as investigações para as prefeituras, o Executivo e as empresas envolvidas, além da Planam.
Leia mais sobre o relatório Lando e a lista completa dos 72 parlamentares acusados em www.vermelho.org.br/base.asp?texto=6163.
De Brasília
Márcia Xavier