Mulheres são maioria no eleitorado brasileiro
As mulheres são maioria – quase 65 milhões – entre os cerca de 126 milhões de brasileiros aptos a votar em outubro, dizem os dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o perfil do eleitorado brasileiro, divulgados na terça-feira (11). Houve uma r
Publicado 12/07/2006 18:12
O TSE também divulgou dados referentes à faixa etária dos eleitores. A maior parte dos eleitores atualmente tem entre 25 e 34 anos de idade, representando 23,96% do eleitorado. Nessa faixa, também, as mulheres são a maior parte, com 15.425.021 (51,12%). Os homens, nessa faixa etária, chegam a 14.747.016 (48,87%).
O número total de eleitores é de 125.913.479 pessoas, o que equivale a um aumento de 9,25% em relação ao eleitorado de 2002, quando ocorreram as últimas eleições presidenciais no país. Na época, o cadastro do TSE registrava 115.253.834 títulos de eleitores.
Maioria feminina
Em 2002, as mulheres já eram maioria, com vantagem de 1,89 ponto percentual em relação aos homens. Hoje, essa diferença aumentou para 3,2 pontos percentuais. Dos 125.913.479 eleitores, as mulheres chegam a 64.882.283, ou seja, 51,53%. Os homens somam 60.853.563 eleitores, equivalente a 48,33% do eleitorado.
Ao contrário de 2002, quando os homens ainda eram maioria em alguns segmentos específicos de faixa etária, hoje há mais mulheres do que homens em todas as faixas pesquisadas. A que vai dos 25 aos 34 anos concentra o maior número de eleitoras: elas são 15.425.021. Apenas 177.633 (0,14%) não informaram o sexo ao tirar o título eleitoral.
Voto facultativo
Os jovens de 16 e 17 anos, a quem o voto é facultativo, representam 2,45% do eleitorado. Em 2002, eles eram apenas 1,92% do eleitorado, o que demonstra que houve um aumento de 0,53% no número de jovens que irão votar no próximo pleito. Também nesse segmento, o número de mulheres é maior que o de homens.
Os eleitores de 16 anos são formados por 561.529 mulheres e 532.854 homens. Juntos representam 0,87% do eleitorado. Os de 17 anos são 1.003.168 eleitores do sexo feminino e 992.211 do sexo masculino. Juntos equivalem a 1,58% do eleitorado. Nas eleições de 2002, esses números eram de 316.315 mulheres e 319.295 homens na faixa de 16 anos, e 781.928 mulheres e 800.410 homens com 17 anos.
Entre 70 anos, idade em que o voto também não é mais obrigatório, e 79 anos, o número de eleitores do sexo feminino é de 2.954.133 e do masculino 2.502.057. Juntos representam 4,35% do eleitorado. Acima de 79 anos, o número de mulheres chega a 1.017.357 e o de homens a 975.560. Juntos somam 1,59% dos eleitores. No total, equivalem a 5,94%.
Houve um aumento quase simbólico de 0,16% do eleitorado com mais de 70 anos. Em 2002, os eleitores com mais de 70 anos representavam 5,78% do eleitorado.
Faixa etária
Entre 35 e 44 anos, o número de eleitores femininos é de 13.128.745 e o de homens, 12.293.961. Entre 45 a 59 anos estão aptos a votar 13.899.364 mulheres e 12.677.420 homens. Daí até 69 anos existem no eleitorado brasileiro 5.056.793 mulheres e 4.445.778 homens.
Dos 18 aos 20 anos o eleitorado é praticamente igual nestas eleições: 4.829.813 mulheres e 4.800.042 homens. Representam 7,65% do total do eleitorado, em comparação com 7,81% em 2002. Entre os 21 e 24 anos estão aptos a votar 6.945.814 mulheres e 6.829.417 homens.
Escolaridade
Os novos dados do eleitorado registra uma redução significativa do número de eleitores que informaram que apenas lêem e escrevem: 2,69%. Nas eleições de 2002, eles eram 22,6 milhões de eleitores (19,61% do total da época) e hoje, eles são 21,3 milhões, ou seja, 16,92% do eleitorado.
Também houve diminuição de votantes que se declararam analfabetos . De acordo com o cadastro eleitoral do TSE, em 2002, havia 8.344.939 eleitores analfabetos, o que correspondia a 7,24% do eleitorado. Para as eleições deste ano, o número de analfabetos caiu para 8.276.338, representando 6,57% do total. A diminuição do número de analfabetos foi de 0,67%.
Eleitores com curso superior completo e incompleto representam 7.115.519, ou seja, 5,65% do eleitorado nacional. O número de pessoas com curso superior completo é superior àquelas que não completaram o curso. São 4.190.267, ou seja, 3,33% com curso superior completo.
Em relação às últimas eleições de 2002, houve pequena melhora do nível de instrução em relação aos eleitores que informaram possuir curso superior completo (3,33% contra 3,2%) e com curso superior incompleto (2,32% contra 2,12%) quando do registro eleitoral.
Mais instruídas
Também na escolaridade, as mulheres são maioria. Mais mulheres possuem curso superior completo: são 2.299.288 em relação a 1.888.209 homens. Também mais mulheres possuem curso superior incompleto: são 1.545.662 em relação a 1.377.952 homens.
As únicas faixas em que os homens são em maior número se referem aos analfabetos funcionais (lêem e escrevem) e os que se disseram com primeiro grau incompleto. O maior contingente continua sendo de eleitores com primeiro grau incompleto. Eles representam 43.785.924 milhões de pessoas, ou 34,77% do eleitorado (eram 35,64% em 2002). O percentual de eleitores que informaram ter primeiro grau completo caiu de 8,15% para 7,88% no período.
O cadastro eleitoral mostra que houve aumento também no percentual daqueles que completaram os estudos de segundo grau. Eles eram 11,3 milhões dos eleitores de 2002, ou 9,85% do total; e atualmente somam mais de 14 milhões, ou 11,18% dos eleitores brasileiros. Os eleitores que se disseram com segundo grau incompleto cresceram de 13,99% para 16,88%.
Os eleitores podem comparecer, no dia 1º de outubro, no primeiro turno das eleições, a 3.073 zonas eleitorais e 380.945 seções eleitorais, distribuídas nos 5.565 municípios e em 93 países. No Brasil, existem 91.037 locais de votação; no exterior, são 207, totalizando 91.244 locais de votação. Os 86.360 eleitores residentes no exterior (0,07% do total) votam apenas para presidente e vice-presidente da República.
Fonte: TSE