Médicos denunciam uso de armas tóxicas contra palestinos

Em sua recente escalada militar contra a Faixa de Gaza, as tropas israelenses empregaram substâncias tóxicas e radioativas, revelou nesta quarta-feira o Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina.

A conclusão, publicada em mídias árabes, afirma que Israel emprega na Faixa de Gaza explosivos de um novo tipo, que produzem ferimentos desconhecidos pelos médicos palestinos.


A investigação foi realizada nos hospitais palestinos que têm, com parcos recursos, atendido a população que mora na Faixa de Gaza. Desde o início da mais recente agressão, em 27 de junho, 249 pessoas foram internadas nos hospitais com ferimentos variados, os principais causados por fragmentos de projéteis.


Os médicos comentam que, quando esses fragmentos penetram no corpo, destróem tudo o que está ao redor, e esse efeito não é cessado com nenhum dos tratamentos. Os fragmentos penetram através de pequenos ferimentos, que recobrem o corpo do atingido como se fosse uma película de pó. Finalmente são destruídos os tecidos, os ossos e os órgãos interiores. Os pesquisadores descobriram também que os fragmentos possuem pequenas quantidades de substâncias tóxicas e radioativas, mas não revelaram mais detalhes dessas substâncias.


O Ministério da Saúde pediu à comunidade internacional e às organizações de direitos humanos que enviem à Faixa de Gaza um grupo de médicos para examinar os palestinos feridos e confirmar que Israel emprega substâncias tóxicas durante operações militares.


Os palestinos também querem que a comunidade internacional pressione Israel para que renuncie a empregar armas proibidas contra a população civil nos territórios palestinos.