Convenção Nacional: Wagner Gomes ressalta protagonismo sindical
O movimento sindical joga papel decisivo dentro da campanha política, analisa Wagner Gomes, dirigente nacional da CUT, que participa como delegado da Convenção Nacional do PCdoB, nesta quinta-feira (29), em Brasília. Ele afirma que a or
Publicado 29/06/2006 15:03
"Cada sindicalista tem seu partido, mas, do ponto de vista da candidatura presidencial, de governadores e parlamentares, temos que ter participação ativa, não vamos ser espectadores", disse Wagner Gomes.
O líder sindical explica que, em atendimento à recomendação da Corrente Sindical Classista (CSC), e sem descuidar das atividades sindicais, "o período até 2 de outubro é decisivo para eleger presidente, governadores e uma bancada de deputados federais e estaduais representativa do movimento sindical".
Impasse político
Wagner Gomes, que exerceu o cargo de vice-presidente da CUT, fala sobre o complicado processo de formação da direção da central sindical. Segundo ele, "o que prevalece é o hegemonismo da articulação, que não quer aumentar a nossa participação e está tentando reduzir nosso espaço – tínhamos a Vice-Presidência e a Secretaria de Políticas Sociais e querem nos tirar a Vice-Presidência", disse, acrescentando que "não concordamos e não autorizamos colocar nosso nomes na Primeira-Secretaria e Secretaria de Políticas Sociais", explica o líder sindical.
Para ele, essa é uma questão séria e que precisa de um decisão. "Estamos aguardando uma resposta, mas não aceitamos redução de espaço", afirmou, destacando que "sempre contribuímos com o desenvolvimento da CUT".
Nas eleições para renovação da diretoria, A CSC lançou chapa, que obteve 20% dos votos. Segundo Wagner Gomes, "esperávamos que a articulação sindical, que é a tendência majoritária, reconhecesse o nosso esforço e a força adquirida ao longo do anos, expresso na votação, saímos de 14% para 20% dos votos, e garantisse mais espaço".
De Brasília
Márcia Xavier