Jamaica apoiará Venezuela no CS da ONU, diz senador

Apesar da pressão do império norte-americano, o governo jamaicano pode apoiar a candidatura da Venezuela para obter uma cadeira no Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações

O parlamentar disse ser necessário cautela com relação ao tema quando respondeu às declarações do porta-voz da Comissão de Relações Exteriores e Comércio Internacional, da ala opositora do Senado em seu país, Karl Samuda, no que se refere às relações com a Venezuela. Para ele, a região latino-americana e caribenha tem direito a dois assentos no Conselho de Segurança e que um deles deve ser renovado em dezembro.

 

Venezuela e Guatemala disputam o assento. "Por esse motivo, neste momento de comprometimentos com alguns dos dois candidatos, nossa preocupação deve ser dobrada", disse Hylton ao jornal jamaicano The Jamaica Gleaner.

 

Por outro lado, nas redondezas do Parlamento, o líder opositor Bruce Holding manifestou ao mesmo veículo sua inquietude no que diz respeito às relações entre Jamaica e Venezuela. Na opinião dele, o apoio da Jamaica à aspiração venezuelana poderia ter um efeito negativo nas relações da ilha caribenha com o império norte-americano.

 

Hylton afirmou que seu país aplicará "a política da boa vizinhança" e tentará manter boas relações com ambos países. "Como já afirmamos, este é um assunto que deve ser consultado com nossos companheiros da Comunidade e do Mercado Comum Caribenhos (Caricom, nas siglas em inglês), a quem encontraremos brevemente na 27ª Conferência Presidencial desta organização, na ilha de San Cristóbal e Nieves", disse.

 

Na América do Sul, a Venezuela bolivariana conta com o apoio da maioria dos membros plenos e associados do Mercosul: Argentina, Brasil, Bolívia e provavelmente o do Uruguai. Paraguai e Chile ainda não se manifestaram. O país eleito ocupará o posto por dois anos a partir de janeiro, quando a Argentina deixá-lo.

 

Na semana passada, o governo venezuelano declarou estar otimista em relação à obtenção da cadeira. "Estamos bastante otimistas porque cada dia tem mais peso a posição da Venezuela no sentido de conquistar uma cadeira no Conselho de Segurança", disse o vice-presidente José Vicente Rangel. Segundo ele, a candidatura venezuelana conta com um amplo apoio de nações africanas, asiáticas, européias e latino-americanas.

 

A Venezuela a Síria e União Africana, integrada por 53 dos 54 países do continente. A Guatemala tem o apoio de Washington e da Colômbia. O governo de George W. Bush, que procura constantemente isolar o governo de Hugo Chávez, faz uma campanha ativa para impedir que o país entre no CS.

 

Da Redação

Com agências.