Taxa de juros dos bancos é a menor em 12 anos
Os juros para a pessoa física em abril foram os mais baixos dos últimos 12 anos, segundo balanço divulgado hoje pelo Banco Central. A taxa média cobrada pelos bancos da população caiu 1,2 ponto percentual, de 59,0% para 57,8% a
Publicado 02/06/2006 14:54
A taxa média de juros do crédito pessoal caiu de 67,8%, em março, para 65,3%, ao passo que os juros dos financiamentos de carros cederam de 34,4% para 34,1% nas operações prefixadas, mesmo patamar de juros dos empréstimos consignados, que recuou de 37% para 34,3% na relação março-abril.
As pessoas físicas também pagaram menos nos juros do cheque especial, que passaram de 146,4% para 145,4% no mês. A exceção ficou por conta dos financiamentos para aquisição de eletroeletrônicos: tiveram aumento de 56,9% para 59,4%, em razão da proximidade da Copa do Mundo e conseqüente crescimento da demanda por televisores e aparelhos de som.
Depósitos em expansão
Os empréstimos bancários mantiveram a trajetória de expansão verificada nos últimos meses e cresceram 1,9% no mês de abril, atingindo R$ 637,8 bilhões, o que equivale a 32,1% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas no país.
Isso é o que consta do relatório de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado hoje (2) pelo Banco Central, com atraso de mais de uma semana, por causa da greve dos servidores do banco.
De acordo com o relatório preparado pelo Departamento Econômico do BC, a expansão das operações de crédito nos últimos 12 meses chega a 20,3% e, como conseqüência, a relação entre volume de empréstimos bancários e PIB vem crescendo sistematicamente.
A relação era de 28,1% em abril do ano passado, evoluiu para 31,7% no último mês de março e em abril chegou a 32,1%, um aumento de quatro pontos percentuais em um ano.
Pessoa física lidera, agricultura estanca
O documento do BC lembra que, a exemplo dos meses anteriores, prevaleceu a expansão de créditos concedidos a pessoas físicas e à indústria. Os empréstimos pessoais aumentaram 33,1% nos últimos 12 meses, enquanto as carteiras de pessoas jurídicas cresceram 17,5%. As pessoas físicas detêm R$ 204,6 bilhões das operações de crédito e a indústria tem saldo financiado de R$ 141,8 bilhões.
O setor rural foi o segmento de mercado que menos cresceu nas operações bancárias em abril: apenas 1,3% no mês e soma R$ 68,5 bilhões, com ênfase nas liberações de recursos para a comercialização agrícola. O comércio também cresceu pouco (1,5%) e atingiu operações de R$ 67,7 bilhões, seguido da expansão habitacional de 1,8%, com recursos de R$ 31,3 bilhões.
O maior desempenho das operações para pessoas físicas está associado ao crédito pessoal, que teve alta de 3,4% em abril, bem como aos financiamentos para aquisição de carro, que cresceram 1,8%.
Com informações
da Agência Brasil