Semana do Milho quer resgatar presença do cereal na cultura brasileira
"A Semana do Milho tem por objetivo resgatar a presença do milho na cultura brasileira e, principalmente, levar à população informações sobre o cereal," afirmou o presidente da Associaç&atild
Publicado 24/05/2006 17:40
O evento foi prestigiado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo; parlamentares, dirigentes da Abimilho, o presidente da Comissão de Agricultura da Casa, deputado Abelardo Lupion; e convidados, entre eles o presidente do PCdoB-DF, Apolinário Rebelo.
Em sua intervenção, Aldo Rebelo lembrou da origem e da importância do milho para a nutrição dos brasileiros, não importando a classe social. "O milho é um alimento extremamente popular. Cultivá-lo, difundi-lo, valorizá-lo e reconhecer o trabalho daqueles que na lavoura e na indústria produzem alimentos à base dele é reconhecer e valorizar a mais antiga tradição culinária do nosso país", afirmou.
Para Aldo o apoio da Câmara dos Deputados na realização da Semana do Milho em suas dependências é um tributo prestado à importância do cereal para a história do Brasil e para a agroindústria. "Recebam da nossa Casa o reconhecimento, o estímulo, o apoio e o incentivo para que o Brasil continue valorizando, preservando e estimulando a atividade que os senhores desenvolvem, enfrentando todas as variedades, desafios e dificuldades que nós testemunhamos e reconhecemos," enfatizou o presidente.
Café com milho
A Semana do Milho vai trazer também para os visitantes da Câmara várias informações sobre o milho e suas aplicações nos mais diversos tipos de pratos, desde os mais simples aos mais sofisticados. Um exemplo disso foi o café da manhã, promovido pela Abimilho, para convidados e a imprensa, realizado nas dependências da Comissão de Agricultura. Foram preparados diversos tipos de pratos à base do cereal, entre eles: munguzá, pamonhas, cuzcuz, bolos, "escondidinho de carne seca", broa e biscoitinhos de milho.
Durante o café da manhã, que contou com a presença de diversos parlamentares e representantes da Comissão de Agricultura e da Abimilho, César Borges lembrou da participação do PCdoB na organização do evento. "O PCdoB nos apoiou desde o início, especialmente na pessoa do Apolinário Rebelo que considero o mentor de nossas ações aqui em Brasília".
O milho e o Brasil
O milho é, além de versátil no preparo de pratos, um dos mais nutritivos alimentos. É uma excelente fonte de energia, seja puro ou misturado a outros produtos. Sua casca é rica em fibras, fundamental para a eliminação de toxinas do organismo humano. Mais: ele também é constituído de carboidratos, proteínas, vitaminas, sais minerais, óleo, açúcares, gordura, celulose e calorias.
De acordo com a Abimilho, no Brasil apenas 5% do milho produzido é destinado ao consumo humano, isso acontece porque, apesar de a cultura brasileira possuir diversos pratos feitos com o cereal, ainda falta à população muita informação sobre os benefícios do consumo do produto. Por exemplo, 50 gramas de sua farinha fornecem em proteínas valores iguais aos de um pãozinho francês de mesmo peso.
A indústria do milho no país processa 10% da produção nacional e movimenta um mercado de cerca de R$ 1,5 bilhão por ano. Os produtores esclarecem que, devidamente incentivado, o consumo desse cereal pode representar uma alternativa na mesa dos brasileiros, enriquecendo a dieta alimentar e ajudando a resolver um dos problemas sociais mais graves do país, a desnutrição. Doença que, de acordo com dados do Ministério da Saúde, afeta 13 milhões de brasileiros (15,9%).
Desde 2004, o governo federal, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou que as farinhas de milho (e trigo) fossem enriquecidas com ferro e vitamina B-9 (ácido fólico). Um enorme passo para prevenir a incidência de casos de anemia e de mielomeningolece, doença que leva à paralisia dos membros inferiores, dentre outros problemas, de 8 a 10 mil recém-nascidos, no Brasil. Mas, para que a medida possa surtir os efeitos desejados é necessário, entretanto, que se reforce a fiscalização sobre a adição de ferro e vitamina B-9 às farinhas, porque poucas indústrias – dentre as quais as filiadas à Abimilho, em sua totalidade – cumprem a determinação.
Fonte: www.apolinariorebelo.com.br