Bolívia e Brasil deixam comissões técnicas definirem preço do gás

Os governos da Bolívia e do Brasil dialogaram ontem sobre a questão do gás como parte de “um enquadramento político”. Mas o processo de decisões sobre o seu futuro preço está cargo de comissõe

“A questão do preço do gás não é a questão que eu vim tratar aqui na Bolívia. Eu não sou técnico, não tenho as matrizes de custos-benefícios. E nem quero ter. Não é minha função ver isso”, explicou Amorim questionado pela imprensa estrangeira especuladora sobre se sua visita tinha esse objetivo.

 

O tema cobra importância no momento em que ambas nações se encontram buscando caminhos para chegar a um consenso sobre a proposta boliviana de melhorar os preços de venda do gás no marco da nova realidade energética marcada pela nacionalização. A decisão boliviana motivou uma reunião entre os presidentes da Bolívia, Evo Morales; Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva; Argentina, Nestor Kirchner, onde se definiu que “os preços do gás devem se dar em um marco racional e eqüitativo que viabilize os empreendimentos”.

 

Comissões técnicas da Bolívia e do Brasil estão trabalhando no assunto. Amorim, logo após se encontrar com o presidente Evo Morales, e em uma conferência com seu colega boliviano David Choquehuanca, informou que nesta ocasião tratou o tema do gás mas a partir de um âmbito político. O chanceler brasileiro disse que escutou do presidente Evo Morales que os grupos técnicos “devem acelerar seu trabalho”.

 

O ministro Choquehuanca disse que a questão do gás “tem que sido alterada de governo a governo”, mas explicou que as negociações pontuais não começaram porque se espera que sejam cumpridos outros prazos como as auditorias. “Estamos esperando o processo de auditoria, não sabemos ainda o processo de auditoria; nós não podemos adiantar ainda nada”, explicou em referência às auditorias que se realizarão as petroleiras para verificar se cumpriram ou não com os compromissos de investimento.

 

Com agências.