Museu Histórico Nacional é reinaugurado no Rio de Janeiro

As peças expostas receberam informações em braile para a leitura de pessoas cegas. E as três exposições permanentes que contam a história do Brasil ganharam um ambiente típico. Na exposição "Do Móvel ao Automóvel: Transitando pela História", o visitante pode ver, por exemplo, dez modelos de carruagens usados pela família real no século 19. Trata-se do maior acervo de carruagens do país.

O ministro da Cultura, Gilberto Gil, acredita que a restauração de museus vai atrair a população para desvendar o passado e lutar pela dignificação da memória brasileira. "A modernização é uma maneira de dar a estas instituições instalações dignas de uma memória de mais de 500 anos. É preciso que a população reconheça sua memória e zele por ela, freqüentando os museus. Isso resulta em mais cidadania, em mais responsabilidade social", avalia Gil.

O projeto de modernização e restauração foi realizado em três etapas e contou com o patrocínio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Caixa Econômica Federal e do próprio Ministério da Cultura. Ao todo, foram gastos R$ 6 milhões.

A obra fez parte do Programa Nacional de Recuperação de Museus iniciado em 2003. Por esse programa, foram investidos no ano passado R$ 95 milhões em obras em diversas instituições. De acordo com o ministro da Cultura, para este ano, o programa tem um orçamento de R$ 100 milhões, sendo R$ 40 milhões do próprio ministério e R$ 60 milhões oriundos de leis de incentivo.

Durante a reinauguração do Museu Histórico Nacional, Gilberto Gil assinou com a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, o segundo protocolo de cooperação para ações de valorização do patrimônio cultural brasileiro. O protocolo prevê a liberação pela Caixa de R$ 5,4 milhões para a recuperação de nove museus. No ano passado, a Caixa Econômica investiu R$ 6 milhões para a modernização de quatro museus.