Presidente do Senado manda arquivar ''CPI do Armagedon''
Atualizada às 18h40
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acaba de decidir: vai arquivar o pedido de abertura da chamada "CPI do Armagedon", que investigaria familiares e a
Publicado 25/04/2006 18:50
Apresentado pelo senador Almeida Lima (PMDB-PB), em viagem à Suíça, o requerimento da nova CPI listava vários “fatos”. Entre eles o pagamento de dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT, feito pelo petista Paulo Okamotto, presidente do Sebrae; e as atividades empresariais de Fábio Luiz Lula da Silva, o filho do presidente, cuja empresa recebeu aportes de R$ 15 milhões da companhia telefônica Telemar.
Por causa da falta de foco e objetivos e inspirada em outra CPI (a dos Bingos) a comissão já estava sendo apelidade de "CPI do Armagedon" (local em que, segundo os cristãos, começará o fim do mundo).
Sucessão presidencial
Hoje também Renan fez comentários sobre o lançamento do nome do ex-presidente Itamar Franco à sucessão presidencial. Antes de Itamar anunciar que disputaria a indicação do partido, Renan já havia dito que nenhum dos dois pré-candidatos do partido tinha condições de sair vitorioso das urnas. Itamar deve disputar a indicação para a chapa do PMDB à Presidência com o ex-governador Anthony Garotinho na convenção do partido. Garotinho venceu o governador Germano Rigotto (RS) na consulta informal realizada em março pelo partido.
Renan disse que a candidatura de Itamar é um trampolim para ele tentar uma vaga no Senado por Minas Gerais, "O Itamar está querendo se divertir com a candidatura para presidente", afirmou Renan. A convenção do PMDB está marcada para 10 de junho. A decisão do PMDB é importante para todos os partidos. O PFL, que apóia o PSDB, por exemplo, cogita não indicar um vice para a chapa de Geraldo Alckmin para ter "liberdade" para se coligar nos Estados com o PMDB. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, disse hoje que o PT deve se aproximar do PMDB.
Renan, da ala governista do PMDB, entretanto, é contrário ao lançamento de uma candidatura própria do partido. Segundo ele, a manutenção da verticalização –que vincula as alianças regionais entre partidos às coligações para a eleição presidencial– dificultará a formação de alianças estaduais e a conseqüente eleição de governadores da legenda.
Da redação,
com informações das agências