PT busca alianças após oficializar candidatura no DF

Por Éderson Marques
Do CorreioWeb

Após homologar neste domingo o nome da deputada distrital Arlete Sampaio para a disputa ao Governo do Distrito Federal (GDF), o PT iniciou nesta segunda-feira as conversas com outras legendas do centro-es

A tática dos petistas para atrair alianças fortes está no apoio a outros cargos importantes como o de vice-governador e o Senado. De acordo com o presidente do PT-DF, deputado distrital Chico Vigilante, a legenda só não abre mão da candidatura própria. “Esperamos que o PCdoB reflita sua decisão. Agora temos um nome oficial e estamos oferecendo o cargo de vice e senador”.

Na semana passada, o PCdoB anunciou Agnelo como candidato ao Buriti. Na ocasião, o ex-ministro comentou que buscaria o apoio do PT. A relação entre os dois partidos ficou abalada depois que um interlocutor do Palácio do Planalto disse, no início do ano, que o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva era o ex-ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz.

A informação é contestada pelo deputado Chico Vigilante até hoje. Segundo ele, o presidente Lula jamais apoiaria um candidato que não fosse petista. “Isso só aconteceria se o PT não lançasse candidatura própria. Não existe essa história de que o Agnelo é o candidato do presidente Lula. Isso foi coisa do PCdoB para tentar enfraquecer o PT-DF. Não deu certo”, disparou.

Oposição

O quadro político que está se formando no DF anima o PT. Segundo Vigilante, o racha no PFL – que tem o deputado federal José Roberto Arruda e o senador Paulo Octávio como pré-candidatos – pode beneficiar o partido. “Nenhum vai apoiar o outro e isso é certo. A Arlete vai para o segundo turno e nesta hora as alianças serão mais fortes. Até o PFL pode nos apoiar”, prevê.

Para a candidata oficial, no entanto, ainda é cedo para ter certeza do quadro político. “Não sabemos se o PMDB vai lançar candidatura ao Buriti. Temos outros nomes fortes na disputa. Mas ainda é prematuro dizer o que vai acontecer no primeiro turno. Vamos trabalhar”, declarou.

Sobre a rotina na Câmara Legislativa, a deputada afirmou que sua candidatura não vai comprometer o trabalho. “Vou cumprir todas as minhas tarefas porque são compatíveis. Claro que a partir de junho o ritmo vai diminuir. Até porque temos muitos deputados que também vão concorrer a cargos eletivos. Isso é normal, mas não vai atrapalhar na apreciação de temas importantes para a sociedade”, concluiu.

Fonte: CorreioWeb