Ciro Gomes diz que Alckmin é provinciano
Ele ainda está em dúvida se disputa ou não cadeira de deputado federal pelo PSB do Ceará. Em Brasília, há setores defendendo seu nome para vice de Lula
Publicado 20/04/2006 20:44
Ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, classificou, nesta quinta-feira, o candidato do PSDB ao cargo de presidente da República, Geraldo Alckmin, de “provinciano”. Segundo disse, porque Alckmin não conhece os problemas nem a mera geografia física do País.
“Ele (Alckmin) é boa pessoa, mas não conhece o Brasil. É um político provinciano, de São Paulo. Absolutamente provinciano, não tem a menor idéia do que significa o Brasil”, afirmou o ex-ministro, antes de seguir de volta para o Rio, após participar de encontros políticos com o PSB e debate sobre o projeto de transposição do rio São Francisco, dentro do Fórum de Conselhos Regionais de Profissões.
Para reforçar sua crítica, Ciro Gomes acentuou que Alckmin, quando à frente do governo de São Paulo, patrocinou uma verdadeira guerra fiscal no País: “O Brasil tem uma imprensa desequilibrada, mas, em qualquer País, você pegaria o comportamento do governador Geraldo Alckmin na guerra fiscal. Ele abriu guerra fiscal de São Paulo contra Goiás, contra Minas Gerais e contra o Nordeste. É completamente descompromissado com o País”.
Ciro lamenta que de repente, quando “o camarada, lá em São Paulo, vira prefeito ou governador, já é candidato a presidente da República, sem se obrigar a nenhuma tarefa de conhecer o País”. Essas foram as primeiras críticas abertas feitas por Ciro ao postulante tucano, após deixar o cargo de ministro da Integração Nacional.
Indagado se ele estava fazendo críticas adotando a postura de que poderia estar novamente cotado para vice do presidente Lula, desconversou, assim como também não deu como certo “ainda” sua postulação a uma cadeira de deputado federal pelo PSB cearense. Nacionalmente, há setores ligados a Lula avaliando que se o PT não conseguir mesmo atrair o PMDB para uma aliança, Ciro poderia voltar a ser sondado.
Fonte: No Olhar