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Debate marca aniversário da Guerrilha do Araguaia no Ceará
O Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará-UFC será palco de uma importante homenagem aos 34 anos da Guerrilha do Araguaia. O evento acontecerá nesta quarta-feira, dia 12, a partir das 19 horas, por iniciativa do Comitê Distrital do PC
Publicado 11/04/2006 16:26
Acontecerá nesta quarta, 12 de abril, às 19 horas, no Auditório da Reitoria da Universidade Federal do Ceará uma exposição sobre a guerrilha do Araguaia com a jornalista Mônica Mourão, autora do livro Memórias Clandestinas, e Carlos Augusto Diógenes, Patinhas, presidente estadual do PCdoB.
O evento marca a data de aniversário da guerrilha. No dia 12 de abril de 1972, há exatos 34 anos, o regime militar, mobilizando Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Federal e Polícia Militar, deu início à primeira campanha contra os guerrilheiros do PCdoB, organizados em três regiões do Araguaia (Faveira, no médio Tocantins, município de São João do Araguaia e Marabá, Gameleira, 60 ou 70 quilômetros acima de São Geraldo do Pará e Caianos, 60 ou 70 quilômetros abaixo de São Geraldo, no município de Conceição do Araguaia) . Resistiram bravamente de abril de 1972 até meados de 1974.
Sete foram os cearenses que participaram da guerrilha, desses quatro são considerados desaparecidos: Bergson Gurjão de Farias, estudante de Química na Universidade Federal do Ceará e vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes em 1967; Antônio Teodoro de Castro, estudante do curso de Farmácia na UFC e diretor da Casa do Estudante Universitário, desaparecido na Guerrilha do Araguaia desde 1973; Jana Moroni Barroso, nascida em Fortaleza , estudante de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro , desaparecida desde 1974; e Custódio Saraiva Neto, participante ativo do movimento estudantil secundarista, desaparecido desde 1974.
Para Andréa Oliveira, presidente do Comitê Distrital da UFC, o objetivo do debate é homenagear e manter viva a memória dos bravos guerrilheiros e guerrilheiras, celebrar tantos outros heróis brasileiros que durante a ditadura militar tombaram lutando em defesa de nosso país e reafirmar sua disposição inabalável pela conquista de um Brasil democrático e soberano.
Na ocasião estará à venda a quarta edição da revista Guerrilha do Araguaia – uma epopéia pela liberdade, assim como o livro Memórias Clandestinas: a imprensa e os cearenses desaparecidos na Guerrilha do Araguaia da jornalista Mônica Mourão.