Partido Socialista ganha primeiro turno na Hungria
O governante Partido Socialista (MSZP) ganhou o primeiro turno das eleições legislativas húngaras e o mais provável é que possa continuar governando em coalizão com a Aliança de Democratas Livres (SZDSZ) à espera do segundo turno das eleições, em 23 de ab
Publicado 09/04/2006 20:54
Segundo a apuração de 96,3% dos votos, o MSZP do primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány conseguiu 43,3% dos votos, contra 42,1% dos opositores conservadores da aliança Fidesz, liderada pelo ex-primeiro-ministro Viktor Orban. Como as pesquisas previram, a SZDSZ conseguiu 6,3% dos votos, o que poderia assegurar a continuação da coalizão governamental formada com os socialistas. No entanto, a grande surpresa da votação foi o conservador Fórum Democrático (MDF), que conseguiu mais de 5% dos votos (5,03%), marca necessária para ter representação no Parlamento.
Às 23h30 (18h30 em Brasília), o Escritório Nacional de Eleições previa que no primeiro turno os socialistas conseguiram 110 cadeiras, o Fidesz, 98, o SZDSZ, 4 cadeiras, e o MDF, 2, e com isso ainda restam 172 cadeiras, a serem preenchidas no segundo turno. No entanto, esses números ainda podem variar até o final da apuração. Nas circunscrições onde nenhum dos candidatos conseguiu mais de 50% dos votos hoje será realizado um segundo turno, em que ganhará quem conseguir a maioria relativa dos votos emitidos. A Assembléia húngara é integrada por 386 representantes, dos quais 176 são eleitos nas circunscrições individuais, enquanto que o restante é dividido com base nos votos emitidos em listas regionais e nacionais.
Após saber dos resultados eleitorais, Gyurcsány disse que os eleitores "votaram pela continuação do governo no poder", algo que desde a restauração capitalista não acontecia. Gyurcsány destacou a grande importância de que seus aliados, os liberais, tenham recebido mais de 6% dos votos e se mostrou satisfeito pelo fato de que "no Parlamento haverá quatro partidos". Orban ressaltou, no entanto, que as "possibilidades continuam em aberto". Apesar de as pesquisas mostrarem diferenças maiores, seu partido "quase empatou" com os socialistas, acrescentou. O novo primeiro-ministro será nomeado pelo presidente da República após o segundo turno em base dos resultados definitivos.
Com agências