Greve da Educação: negociação avança e Comando de Greve marca assembléia geral para esta semana
Após 34 dias de paralisação, o Comando de Greve do Cpers/Sindicato conquistou avanços importantes na pauta de reivindicações da categoria, em reunião realizada na tarde desta terça-feira (4) com representantes do governo Rigotto.
Publicado 05/04/2006 14:07
Ficou acertado, durante as negociações no auditório Paulo Freire do Centro Administrativo do Estado, que serão publicadas e atualizadas as promoções dos professores, desde 2001, e a dos funcionários, desde 1999, ainda no primeiro semestre. O chefe da Casa Civil, Paulo Michelucci, e a secretária da Educação, Nelsi Muller, garantiram ainda a recontratação dos educadores grevistas que foram demitidos ou que perderam convocação. Até às 22h, o Comando estava decidindo o dia da Assembléia Geral, que pode ser na quinta ou sexta-feira, para decidir o futuro do movimento.
Outro compromisso firmado pelo governo com o Comando é o de formar uma comissão para analisar a regra do vale-refeição. Também foi discutida a inclusão dos funcionários no plano de carreira. Ficou acertada a formação de uma subcomissão na Comissão de Educação da Assembléia Legislativa para estudar o reenquadramento dos profissionais lotados nas escolas. Michelucci se comprometeu ainda a reunir o Fórum dos Servidores Públicos para discutir a regulamentação do regime próprio de Previdência Social. O Comando também cobrou do governo uma rediscussão do Plano Estadual da Educação, que está na Assembléia Legislativa, obtendo do governo a promessa de maior diálogo para aprimorar o projeto.
Para a presidente do Cpers/Sindicato, Simone Goldschmidt, a greve de fome decretada na segunda-feira por um grupo de educadores serviu para pressionar o governo a negociar as questões da pauta de reivindicação que ainda não haviam sido contempladas. “Os avanços têm algum significado, como a recontratação dos demitidos e a questão das promoções, que são importantes para a categoria”, declarou Simone. Segundo ela, a categoria é vencedora por conseguir arrancar do governo um índice de reajuste, ainda que seja insuficiente para corrigir as distorções salariais. Na segunda-feira (3), foi sancionado o reajuste de 8,57%, em cinco parcelas, a ser pago a partir de maio. Agora, a categoria vai novamente decidir o futuro da mobilização.
Fonte: Imprensa CPERS/Sindicato